Sobre o Procissão do Pé Sujo

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A caverna do Batman

Se eu não encontrar mais nenhum bar tão maneiro durante essa procissão, não vou ligar muito, já tenho minha grande descoberta. Antes de qualquer coisa, já deixo o endereço do boteco pra vocês, pra ter certeza de que visitarão um dia: Rua Buarque de Macedo, 83, Catete. Fui ao Bartman:


 Como o próprio nome já sugere, a temática é toda centrada no Batman. Mas não só isso. A decoração é toda voltada para o cinema, com cartazes incríveis de filmes maravilhosos com bonequinhos de personagens famosos por toda parte. Assim que cheguei, estava tocando "O Trem Azul". Eu tenho certeza que você conhece, mas, se não se lembra, clica aqui. E a música segue nesse estilo: Elis Regina, Rita Lee e Ivan Lins interlacados com uns blues aleatórios. Enfim, todas aquelas coisas que hoje talvez sejam julgadas até meio bregas, mas a gente sabe que é legal. Logo ao sentar, um garçom - que, depois, vim a descobrir ser o dono do bar - perguntou se era a minha primeira vez ali, super simpático. Respondi que sim e ele logo foi contando da atração deste sábado, com uma banda de blues ao vivo que costumava se apresentar lá antigamente, pararam por um tempo e voltam agora. Depois um garçom veio me contar que esses shows lá são sempre muito divertidos e que dessa vez vai ter até um personagem: o Jack Sparrow. Não entendi muito bem e ele disse que tem que ir pra ver.


 Fui ao Bartman não só com a missão de conhecer o lugar, mas também para gravar uma matéria em vídeo. Jornalista tem dessas coisas, chega aquela hora que você tem que interromper a mesa do lado e perguntar se eles teriam a gentileza de falar na frente das câmeras, coisa que pouca gente gosta. Para minha surpresa, meus dois personagens foram extremamente solícitos e simpáticos, brincaram sobre a timidez mas não hesitaram em participar. Faltava abordar o dono, que tinha sido super agradável de começo. Meio acanhada, expliquei o que precisava fazer e, sem pensar dois segundos, ele respondeu: "É claro, o prazer vai ser meu! Vamos agora?". Clientela e atendimento de primeira.
O bar tem tantos detalhes que é difícil prestar atenção em todos, mas uma coisa não passa desapercebida:


 Quer dizer, os caras tem um bar maneiro, são super educados e solícitos e não só protegem a natureza como, de fato, criam algo interessante para que isso faça sentido. Bartman já tá no coração.
Mais uma vez observando todos os detalhes daquilo, notei que, nas duas televisões de lá não passava Globo. Nem a Band, ou a Record.


Em uma, Star Wars. Na outra, episódios da série antiga do Batman.
E, numa quinta-feira, em uma ruazinha perdida do Catete sem mais nenhum botecão pelas redondezas, o Bartman estava cheio. Segundo o dono me disse, estava vazio, comparado aos outros dias. Mas, dadas as circunstâncias, cheio. E sempre chegando mais gente. E era difícil que os passantes da rua não dessem uma paradinha pra olhar o lugar e até mesmo parassem por lá.
Eu juro que esse post não é patrocinado e eu não estou ganhando nenhum dinheiro com ele. Realmente o lugar é extremamente simpático. Além de tudo, bebemos 3 cervejas, num total de 18 reais. Aonde você encontra algo assim? Prestes a tomar o posto de meu-bar-preferido.
Fica pra vocês uma última mensagem de reflexão:


2 comentários:

  1. sei que cheguei aqui pelo twitter, que nem uso mais, enfim. ÓTIMO. o primeiro que vou testar vai ser o bartman, que além de ser a minha cara é do lado de casa. depois eu conto.. bjs

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  2. Da última vez em que fui ao Bartman, foi direto da tal passeata dos 100 mil na Rio Branco, o dia em que quebraram a Alerj toda. Pedimos para colocar no Globo News pra gente ver o que tava acontecendo, e não teve como não dar uma risada nervosa ao perceber que as imagens na tela eram acompamhadas por Revolution, dos Beatles, ao fundo. Pena que a passeata chegou ao Catete nesse momento e, no desespero, a gente saiu correndo sem pagar. Precisamos voltar lá pra acertar e tomar mais umas... :)

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